As crenças e as regras são tantas que as pessoas acabam desorientaas e estressadas no momento de comer.
"É verdade que comer carboidratos à noite engorda?" e " será que beber durante a refeição engorda?" São perguntas que escuto muito como nutricionista - dentro e fora do consultório.
De tanto que pesquisei, posso falar com segurança: São mitos!
Então abaixo, seguem 5 mitos ou erros da nutrição que precisam ser desmistificados;
1. Para perder peso, basta fechar a boca e malhar.
O peso seria o simples resultado do que você comer menos o que você gasta. Durante décadas, foi transmitida a ideia de que devemos fechar a boca e fazer atividade física para emagrecer.
Nessa lógica, o peso é o resultado da soma de calorias ingeridas menos as que você gasta, certo? Mas tão simples assim. O corpo reage às leis da biologia, e não da física.
Todo estresse leva o corpo a se defender, se adaptar com um mecanismo resistência - com o risco de engordar. Com isso, fica muito difícil emagrecer a longo prazo e mais fácil engordar de novo.
2. O estômago e o metabolismo controlam o que comemos e nosso peso.
Não, quem controla o peso é o cérebro. E ponto! Ele é o termômetro que sente e então regula tudo que acontece dentro e até fora (pele) do nosso corpo.
3. Fazer restrição emagrece.
Isso pode ser verdade a curto prazo, mas não longo prazo. A dieta mexe com o cérebro e aumenta o apetite, desacelerando o metabolismo. O risco? Ganho de peso a longo prazo. E explicação para o famoso "efeito sanfona". Não é uma questão de de controle ou disciplina, ou de fraqueza. Seu corpo não permite você emagreça, sobretudo se houve perda de muito peso muito rápido "Fazer restrição rígida é provavelmente um dos fatores da epidemia de obesidade", disse a pesquisadora finlandesa Kirsi Pietiläinen num artigo intitulado "Fazer dieta engorda?".
4. Contar calorias ajuda a emagrecer.
Contar calorias tira de você prazer de comer e muda sua relação com a comida. Comer se transforma numa tarefa. Caloria não quer dizer qualidade. As calorias de diferentes alimentos não são iguais e o corpo não enxerga alimento só como calorias, mas também como informação: 150 calorias de um copo de refrigerante não vão conversar com o corpo do mesmo modo que 150 calorias de legumes e verduras. A quantidade de calorias é a mesmíssima mas o efeito no metabolismo é outro: o refrigerante tem muito açúcar e esse é o único nutriente que você vai ingerir de fato junto com corantes, etc.; já os legumes e as verduras trazem milhares de com postos bioativos que conversam com os genes. Ou seja, alimentos são muito mais que calorias.
5. Perder peso é uma questão de controle.
O controle que temos sob nossa fome é temporário. Depois de perdermos peso, nosso cérebro aumenta a fome e desacelera o metabolismo para se adaptar a essa perda de peso. Esse ajuste do controle da fome pode despertar um apetite maior e até compulsões.
Um estudo demonstrou que uma dieta muito restritiva tem o poder de aumentar 18 vezes o risco de se ter transtorno alimentar. Ou seja, o comportamento é tão importante quanto os nutrientes. Não dá para ficar o tempo todo controlando o cérebro.
Ele sempre ganha no final
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